A essência do método da "atmosfera anóxia"

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O método "atmosfera de anoxia" - técnicas de pesquisa e desinfecção usando atmosferas modificadas - começou em meados do século XX para a preservação de alimentos e, posteriormente, para a preservação de monumentos culturais. A adoção pelo governo dos EUA (1980) do uso de nitrogênio e dióxido de carbono no controle de pragas em alimentos abre caminho para pesquisas sobre essa metodologia e sua aplicação em outros campos, em particular no campo da cultura [1].

      O método da anóxia atmosférica (livre de oxigênio) é uma técnica para eliminar e controlar pragas. É um processo de remoção de oxigênio em um espaço confinado no qual materiais ou objetos são isolados para tratamento ou prevenção.

       A atmosfera modificada pela anóxia pode ser realizada em três variantes: pela aplicação de gás inerte, com absorvedores de oxigênio ou pelos dois processos simultaneamente.

       Os resultados são desidratação e asfixia de microrganismos e insetos (ovo, larva, adulto), independentemente do estágio evolutivo do desenvolvimento. Freqüentemente usado nitrogênio gasoso. Não mata diretamente, mas evita efeitos indesejados pela falta de oxigênio necessário para prolongar a vida da praga. O método da anoxia é aplicável a todos os tipos de materiais orgânicos (papel, couro, tecido, madeira) e inorgânicos. Como a anoxia é um método não-tóxico para humanos e para o meio ambiente, é amplamente disseminada como uma alternativa adequada dentro do conceito de conservação de coleções e patrimônio cultural. Esse processo requer equipamentos com alta sensibilidade e controle preciso da temperatura, umidade, concentração de oxigênio e conteúdo de gás inerte.

        De acordo com Schafer, "é importante observar que os tratamentos anóxicos utilizados são complexos e altamente especializados, exigindo técnicas e materiais específicos" [2].

        O método é patenteado e cientificamente comprovado como eficaz. É muito importante observar o fato de que os objetos tratados não alteram suas propriedades físico-químicas, os materiais não alteram sua aparência original, mesmo no nível microscópico. Produtos químicos que causam efeitos colaterais prejudiciais, oxidação de materiais, corrosão de metais e alterações físico-químicas em certos pigmentos (escurecimento ou morte) não são usados ​​e não deixam resíduos reativos. 

       O Anoxia pode ser aplicado nos locais de armazenamento das coleções, garantindo total segurança e integridade dos documentos, além de tratar com a mesma eficiência objetos de diferentes formas e volumes necessários para tratamento ou prevenção.

        Três pesquisadores são responsáveis ​​por inventar a atmosfera da anoxia: Robert J. Koestler (Hasbrouck Heights, NJ); Richard Sheryll (Nova York, NY); William Louche (Tappan, Nova Iorque). A Autorização de Marketing e Marketing é para a Art Care International, Inc. (Orangeburg, Nova Iorque). O processo de criação da invenção é descrito em várias etapas. A primeira etapa envolve testes para identificar a infecção no local do tratamento. Quando a contaminação é detectada, ela segue imediatamente a etapa de colocar o material contaminado em um recipiente selado, selando firmemente e enchendo com gás inerte para deslocar o oxigênio. Outro passo importante é o controle e manutenção de condições específicas, predeterminadas de pressão, temperatura e umidade por um período de tempo até que a destruição completa das pragas seja alcançada. Após o período de tratamento determinado, um novo teste é aplicado para medir os subprodutos obtidos - o resultado dos sistemas metabólicos do inseto ou microrganismo que causou a infecção, ou seja. verifica-se que todos os organismos foram eliminados do local e, se não repetidos, o tratamento [3].

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1. Selwitz, C., S. Maekawa. Inert Gases in the Control of Museum Insect Pests. Los Angeles : The Getty Conservation Institute, 1998.

2. Schäfer, S. Desinfestação com métodos alternativos, atóxicos e Manejo Integrado de Pragas (MIP) em museus, arquivos e acervos & Armazenamento de objetos em atmosfera modifica. Associação Brasileira de Encadernação e Restauro, São Paulo, 2002. <http://www.aber.org.br/pdfs/artigo_Anoxia_ABER.pdf>

3. Schäfer conservação-restauro. Cápsula do tempo: Proteção total para sua obra de arte. 2010. <http://artxray.com/capsula-do-tempo.php>

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